sábado, 13 de fevereiro de 2010

Cartas repetidas ou: Quando o Baralho deseja enfatizar algo

Olá pessoal. Recentemente tenho me encontrado com Caminhantes de diversas crenças e práticas. Norteados pela vivência cartomântica, xamânica ou puramente espirituais... vamos apurando nossos sentidos em direção a um ponto comum: a evolução da espécie, levando em consideração as dimensões sutis e densas da nossa natureza.
Isso tem dificultado um pouco a atualização do blog, porque são muitas informações juntas, simultâneas, precisava de um tempo para refletir sobre sua aplicação em nossa realidade, na experiência com as cartas.



De ontem para hoje, influenciados pela entrada da lua nova e pela força de Vênus, duas amigas e eu nos reunimos em Coven para celebrarmos. A experiência foi única, inenarrável. Depois do ritual, ambas ficaram inspiradas para um jogo de cartas, com o Livro Celta dos Mortos (release oficial aqui).
O baralho é novo para elas. Havia o apresentado naquele dia. Mas a energia invocada foi poderosa o bastante para clarear o uso das cartas para nós três. Normalmente não permito que toquem meus baralhos, mas estávamos diante de uma situação especial. 
Nesse momento, o que me surpreendeu foi que, sem que uma soubesse o que a outra havia jogado para mim, ambas fizeram jogos de estrutura diferente e respostas idênticas - o que já seria esperado pela veracidade de nossa Arte - mas, curiosamente, com cartas também idênticas. 


Um dos meus questionamentos mais duradouros às "regras" que os livros de Tarot ofereciam era justamente quanto ao fato de não fazermos duas vezes a mesma pergunta. É evidente que, quando efetuamos de maneira leviana uma pergunta, a resposta será tão leviana quanto o sentimento que a motiva. Não era esse o caso; eram duas pessoas que, jogando num mesmo momento, com um mesmo baralho, falaram coisas idênticas, talvez como forma de frisar meu curso de ação.
Usamos outros oráculos nessa noite, e o resultado foi o mesmo. Mudam os caracteres, permanece a linguagem.

Recentemente, atendi um casal, com o Tarot Mitológico que estava preocupado com o filho mais velho, em especial com sua saúde. A carta que coroou, em ambas as consultas, a cruz (eu retiro cinco cartas para respostas diretas) foi a Lua. Hécate.



Emotividade aflorada. Comilança. Casmurrice, Medo disfarçado de agressividade.
Isso, duas vezes - uma para o pai e outra para a mãe.
Não haveria a possibilidade, nesse contexto, de cartas "sinônimas". O significado brotava somente do Arcano XVIII.
Outro caso interessante que aconteceu recentemente foi eu ter embaralhado um baralho novo e sair, na ordem, Rei, Rainha e Cavaleiro de espadas. Sendo que quando a interpretação se manifestou era EXATAMENTE o que eu precisava me atentar.
Importante pois, perceber que as cartas dizem o que tem que dizer, a despeito da lógica... ou falta dela.
Abraços a todos.


2 comentários:

  1. Importante pois, perceber que as cartas dizem o que tem que dizer, a despeito da lógica... ou falta dela.

    Vou lembrar disso pelo resto das minhas jogadas!
    Interessantíssimo post! Boa viagem!
    Quando pudermos, conversamos mais.

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  2. Oi Emanuel!

    Aconteceu comigo, há cerca de 1 mês, eu e outra taróloga fizemos a mesma pergunta, mas ambas não sabíamos que seria a mesma. Sabíamos apenas o Assunto. E saiu cartas iguais em algumas casas. O jogo é o Peladan (5 casas).

    Quando ela me contou a pergunta que fizera, levei um susto! Pra não dizer que fiquei maravilhada! Isso porque não havia a intenção em fazer a mesma pergunta mais de uma vez... enfim... Vou até escrever sobre isso em meu blog também.

    Isso serve para nos mostrar o quão maravilhoso é o oráculo.

    Bjs.

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Quando um monólogo se torna diálogo...