segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Poker e Cartomancia: uma análise possível?


Olá pessoal. Estive pensando em uma coisa... E resolvi experimentar. Já falamos aqui, antes, sobre a interpretação dos acúmulos de números e naipes em um jogo. Mas, vendo alguns vídeos (eu já falei que eu sou viciado em baralhos? ^^), percebi uma possibilidade de ampliação das possibilidades significativas dos jogos. No Poker.


O Poker é um jogo de cartas, com apostas, para dois ou mais jogadores, onde vence quem possuir a melhor combinação de cartas. Segundo a Wikipédia, o pôquer desenvolveu-se nos Estados Unidos e desde logo tornou-se o jogo de cartas favorito dos norte-americanos, especialmente dos pioneiros do Oeste. A origem do pôquer é muito antiga e está ligada a vários outros jogos que também se baseiam em combinações de cartas do mesmo valor e que apresentam um sistema de apostas muito semelhante ao do pôquer atual.  


Não sou jogador, ainda. Mas vamos combinar que, para quem gosta de um carteado, é um jogo que tem glamour e agressividade na medida certa. 


Sobre esse jogo houveram diversas manifestações artísticas. Filmes (esse aqui eu não vi ainda, esse aqui comentamos no blog), desenhos (foi minha grata surpresa conhecer o Gambling King, no Ranma 1/2) e games (particularmente, eu adoro Devil May Cry... Especialmente o Capítulo 09, Death Poker: Assista: Parte 1Parte 2, Parte 3), vídeos, músicas (Leonardo Chioda comenta aqui, Eric Clapton surpreende aqui), livros. O clima tenso que existe numa mesa de jogo é de tal natureza que equivale a um filme de suspense. Por uma perspectiva romântica, vidas se definem numa mesa de jogo. Para melhor ou para pior.


Não é do nosso interesse imediato as regras do jogo em si, mas as combinações de cartas. Pensando na antiguidade das possibilidades combinatórias, e utilizando da Lei da Analogia, tais combinações poderiam ser, a partir do naipe e da numeração, ter novas atribuições dentro de uma mesa de consulta. Pois, no fim das contas, a Cartomancia ainda é um jogo.


Como já disse mais de uma vez, para a Cartomancia sou contra tabelas específicas, mas acho bem interessante utilizarmos generalizações significatórias para a interpretação pessoal. Por exemplo: no Petit Lenormand, 13+17 representaria gravidez; mas SÓ gravidez? Por outro lado, três rainhas (vejamos: 07, 09 e 17, para exemplificarmos) indicam "decepção por conta de uma mulher ou por mulheres", informação que ganha em sentido a partir das interpretações das lâminas correspondentes.


Por isso, vou testar e vamos conversando a respeito, as perspectivas simbólicas das mãos de Poker na Cartomancia.
Conforme o site da COPAG, os valores são os seguintes, em ordem decrescente:


1) Straight Flush: cinco cartas do mesmo naipe, em seqüência. O Straight Flush mais alto, chamado Royal Straight Flush, é formado por Ás, Rei, Dama, Valete e Dez. O menor, dependendo da menor carta utilizada (6 ou 7), é 10, 9, 8, 7 e Ás ou 9, 8, 7, 6 e Ás. Entre dois ou mais flusches, ganha o que for encabeçado pela carta mais alta. 
2) Quadra: quatro cartas do mesmo valor - 4 Ases, 4 Reis etc. Entre duas ou mais quadras, ganhará a que for formada pelas cartas mais altas. (Essa possibilidade já vimos antes)
3) Full hand, full house ou full: um terno (três cartas do mesmo valor) e um par. Exemplo: Dama, Dama, Dama, 9 e 9. Entre dois fulls ganhará aquele que tiver o terno maior. 
4) Flush: cinco cartas do mesmo naipe, que não formam seqüência. Se houver dois ou mais flushes, ganhará o que for encabeçado pela carta mais alta; se estas forem iguais, considerar-se-á a segunda maior, a terceira, se houver necessidade, e assim por diante. Só haverá empate se as cinco cartas de dois jogadores tiverem os mesmos valores (cinco cartas do mesmo naipe já vimos antes). 
5) Seguida, seqüência ou straight: cinco cartas em seqüência, independentemente dos naipes. Entre duas seguidas, ganhará a que for encabeçada pela carta de maior valor. Exemplo: Ás, Rei, Dama, Valete, 10 e 10, 9, 8, 7, Ás (valendo como seis) - vence a primeira. 
6) Terno ou trinca: três cartas do mesmo valor. Ganha a trinca mais alta (também já vimos antes). 
7) Dois pares: duas cartas do mesmo valor, outras duas do mesmo valor e uma quinta carta qualquer. Exemplo: 10, 10, 7, 7 e Ás. Se dois jogadores tiverem dois pares, ganhará aquele que tiver o par maior. Se este empatar, considerar-se-á o segundo par. Se este também empatar, ganhará quem tiver a quinta carta maior (A Cartomancia Francesa considera os pares - vide o Tarô Adivinhatório (Ed Pensamento; não consideraria no Tarot, mas é uma possibilidade para o baralho comum. O problema são as atribuições dadas por Papus... Teriam que ser melhor estudadas, e em alguns casos, novas atribuições oferecidas). 
8) Um par: duas cartas do mesmo valor e outras três cartas de valores diferentes entre si. Exemplo: Rei, Rei, 9, 7, 6. Quando dois jogadores tiverem um par, ganhará quem tiver o par de maior valor. Se ambos tiverem o mesmo par, serão consideradas as cartas restantes. Exemplo: 8-8-Ás, 10, 9 ganha de 8-8-Ás-10, 7. Se todas as cartas de duas mãos forem exatamente iguais, as fichas apostadas serão divididas. 


Como será que isso fica quando atribuímos significados aos que ainda não possuem? E, por outro lado, como será que um Cartomante antigo veria essa possibilidade?
Abraços a todos.

10 comentários:

  1. Olá!
    Obrigado pela visita ao meu blog, rapaz.
    Seu blog é muito bom, parabéns!
    Post interessante, esse. Pelo menos para mim, que não entendo nada de jogos de carta (com exceção do querido tarot ;) )

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  2. Emanuel, que coisa! Eu não entendo nada de poker, nem de tarot, mas acho lindo quem consegue ver as coisas além dos seus significados simples e imediatos.

    As vibrações de cada um se imprimem em tudo, certo? Então porque seria diferente num jogo onde as emoções estão à flor da pele?

    Bom fim de semana pra vc!!

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  3. Olá! =)

    Há um selo 'sunshine awards' em meu blog para o teu.

    Abraços!



    http://gherminando.blogspot.com/

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  4. Oi Último Atlante, obrigado pela visita, volte sempre! Sempre haverão Conversas sobre os mais diversos baralhos por aqui.
    Oi Paula! Pois é, é o mesmo instrumento imprimindo emoções diferentes, porque não misturá-las?
    Lu, sempre carinhosa comigo. Muito obrigado.

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  5. Adorei! rs... Adoro jogos e sou aficcionada por baralhos, tem coisa mais gostosa que embaralhar para relaxar? Infelizmente, minha afinididade anda só nos jogos, ainda não consigo ler muito bem meu tarot (egípcio, pensando em começar a usar o mitológico), mas adoro poker! rs...

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  6. Oi Rô! Então, eu ainda não sei jogar Poker direito, mas tenho estudado bastante as mãos de Poker para postar algo aqui em breve!
    Você não irá se arrepender de jogar o Mitológico. É um baralho ímpar.
    Grande beijo!

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  7. Amei a ideia desse texto! D-E-M-A-I-S! Parabéns...

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  8. Olha já fui jogador de poker, até vivi um tempo disso, hoje sou cartomante, o que posso te dizer é que no poker na verdade existe muita habilidade, muito estudo e dedicação,
    mas quando jogava estava bloqueado por um espírito, quem sabe eu refaço a experiência
    e veja como a intuição e mediunidade ajudam, mas creio que meus guias não se animariam para isso rs.

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  9. Nossa, teu comentário dá tanto pano para manga...
    Bem, vou te falar da minha experiência: se eu, como cartomante, vi cartomancia no poker, o que um jogador de poker veria na cartomancia senão combinações?
    Daí minha curiosidade em ver uma coisa e outra, sabe?
    E veja que do profano você vai para o religioso, interpretando a experiência como jogador de poker de outra forma.
    Fiquei bem reflexivo quanto a isso.
    Obrigado.

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Quando um monólogo se torna diálogo...