quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Blogagem Coletiva Petit Lenormand: 13. Vânia Maria e a Criança.


Olá pessoal. Além de brindar-nos com textos magníficos, sempre conto com as Blogagens Coletivas para fazer novos amigos. Esse é o caso da Vânia, a autora do Newspaper Lenormand. Não me estendo em palavras, mas me estendo em agradecimentos por sua disponibilidade de estar aqui conosco. Deleitem-se.


Chamo-me Vânia, sou portuguesa, tenho 27 anos, há mais de dois anos conheci o Petit Lenormand e comecei a estudá-lo, recentemente criei a minha própria versão deste baralho, à qual chamei de Newspaper Lenormand, para conhecer melhor este baralho pode visitar a página do facebook ou o site.



Na carta n.º 13, a criança do French Cartomancy da editora Lo Scarabeo, podemos ver uma criança brincando na rua com um arco. Nos dias de hoje cada vez é menos comum ver crianças brincando na rua, numa sociedade caracterizada pelo desenvolvimento tecnológico e pelo uso da internet, o brincar na rua é algo que se tem vindo a perder e talvez a imagem de uma criança em frente a um computador fosse uma representação mais fiel da nossa realidade actual, com todas as mudanças e questionamento que isso poderia implicar no seu simbolismo. 
Jogo de Cartas da Afamada Cartomante Lenormand de Paris

De qualquer das formas é brincando que a criança cresce de forma equilibrada, que desenvolve as suas capacidades, que estabelece laços e relações com outras crianças.
A carta da criança é a representação de algo pequeno em crescimento, algo que necessita de cuidado, protecção e atenção para que possa prosperar, pode inclusive estar literalmente a falar de uma criança, um filho, alguém mais novo. Algo que não nos podemos esquecer é que é necessário educar as crianças, para que se tornem adultos conscientes e responsáveis, mas sem castrar nem limitar de forma negativa o seu potencial e desenvolvimento. 

Het Lenormand Spel

Criança não tem maldade é inocente e curiosa, está pronta para aprender e absorve tudo o que a rodeia, encanta-se com o novo, maravilhando-se com facilidade.
Criança brinca, sorri, vive a vida com leveza, com entrega, sem preocupação ou desconfiança. Para mim a criança no Petit Lenormand representa tudo isso.
Enquanto adultos nunca nos devemos esquecer da criança que um dia fomos, dessa criança que ainda temos cá dentro e que nos permite brincar com a vida, não levando tudo tão a sério, buscando aquilo que realmente gostamos e que nos traz alegria, esse é um dos conselhos que essa carta nos pode dar, o de encarar as coisas com mais leveza e confiança, aceitando o novo, vivendo o presente. 

Newspaper Lenormand

Mas como em todas as cartas, esta também sofre a influência das cartas que a rodeiam e se acompanhada, por exemplo da carta da raposa, talvez nos esteja a aconselhar a não sermos ingénuos pois poderá haver alguém com segundas intenções que nos quer passar a perna. 
No seu aspecto menos positivo esta carta poderá estar a falar de infantilidade, de uma pessoa que não se comporta de forma adulta, que é imatura, fazendo birra, amuando quando não tem o que quer, quando as coisas não correm à sua vontade.

 Escultura " Aro" do artista Ivan Cruz

Por agora termino citando o artista plástico brasileiro Ivan Cruz “A criança que não brinca não é feliz, ao adulto que quando criança não brincou, falta-lhe um pedaço no coração”.
Para quem não conhece este artista, o mesmo desenvolveu um projecto muito interessante chamado “Brincadeiras de Criança”, do qual fazem parte um conjunto de telas e esculturas que nos transportam para um mundo preenchido por crianças brincando diversos jogos de forma lúdica e saudável, convido a que conheçam este projecto quem sabe não encontram a vossa criança brincando por lá…

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Blogagem Coletiva Petit Lenormand: 12. Katja Bastos e os Pássaros.


Bem, ter esse texto aqui no blog é uma honra para mim - como todos os demais textos de amigos que compõem a egrégora do Conversas Cartomânticas - porque, especificamente nesse caso, eu tive a honra de conhecer a pessoa por trás da metodologia desenvolvida para a leitura do Lenormand no Brasil: Katja Bastos. 
Já falei sobre minha ida ao Templo da Trybo Cósmica aqui, e também sobre o Tarot Cigano. Mas agora, temos a oportunidade de lermos o que a própria Katja escreve, orientada pela Rainha Cigana.
Deleitemo-nos. E saibamos que esse baralho que temos em mãos talvez nunca chegasse aonde chegou sem o trabalho desta mulher, orientada por sua guia espiritual.

Contatos com a autora:  trybocosmica.com.br


Carta 12 do Tarot Cigano – AS ALEGRIAS

Pássaros
Tarot Cigano da Trybo Cósmica

É o simbolismo dos pássaros cantando em uníssono;  transmitindo alegria, felicidade e contentamento.  É o Prazer de recebermos pequenas atenções ou pequenas delicadezas, quando não as estávamos esperando. É o Romantismo, o enlevo, o namoro e o fazer a corte. Muito importante para que não caiamos na rotina diária. É o fato de darmos atenção  a  esses pequenos detalhes: aos elogios e galanteios e principalmente à valorização que o outro faz a nosso respeito. Manter o ENCANTAMENTO mesmo que o mundo material não contribua para isso.  É o COLORIDO DA VIDA, que faz com que possamos sobressair da paisagem circundante e que nos conscientizemos de que sem ele, nada tem graça. É o ”Estado de Graça” com que ficamos quando estamos realmente apaixonados e somos correspondidos!

terça-feira, 22 de outubro de 2013

TAROLOG: Workshop de Tarô Online.


Olá pessoal. O atendimento online é uma das categorias mais avant garde e em franco crescimento no Brasil. Existem ainda controvérsias sobre sua eficácia, mas, de minha parte, garanto seus efeitos. Tenho convivido com profissionais que trabalham diretamente nessa modalidade e eu mesmo também tenho exercitado esse trabalho. 
A adaptabilidade do cartomante à modalidade e sua integração às novas interfaces de comunicação garantem que o potencial adivinhatório e terapêutico dos oráculos logrem êxito pleno. Recomendo, muito, àqueles que não experimentaram, que experimentem.
Para os profissionais, contudo, faltava um know-how, uma metodologia, uma reflexão profunda sobre a forma de começar. Não adianta, reitero como sempre, conhecer as cartas, simplesmente. Durante uma consulta presencial, o cartomante possui a possibilidade de estender ou encurtar o tempo em função da intensidade da consulta, algo que, online, é ditado pela forma como o consultente quer ser atendido. 
E para isso é necessário savoir-faire.
Se faltava uma perspectiva de aprofundamento, não falta mais. Teremos, entre os dias 09 e 10 de novembro, o Tarolog - um workshop de tarologia online. 


Esse evento, desenvolvido por sites gabaritados da área - entre eles o Caminhos do Tarô, site do qual faço parte - traz luz à essa prática e conhecimento tanto àqueles que querem se inteirar da metodologia como também àqueles que já estão na estrada há um certo tempo.
Vamos?

Caso interesse em participar, cite o Conversas Cartomânticas na sua inscrição.
Espero vocês por lá!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Blogagem Coletiva Petit Lenormand: 11. Beth Castro e o Chicote.


Beth Castro é uma querida. Estudamos juntos há algum tempo, e nesse tempo todo só nos divertimos achando detalhes escondidos nos meandros das cartas. Estivemos juntos no II Fórum Nacional de Tarô, e agora estamos juntos aqui no Conversas. Deleitem-se com esse texto, que me deixou reflexivo por dias.

Contatos com a autora: BH Tarô




O CHICOTE

Um chicote é uma corda entrançada ou tira de couro, terminada em ponta e presa a um cabo para fustigar animais (cavalos) e também seres humanos em certos países como forma de castigo pela violação de certas normas instituídas, adultério,  consumo de bebidas alcoólicas como é o caso de alguns países islâmicos (Irã, Arábia Saudita e outros).
O Chicote é também usado para flagelação.
O estalido produzido por uma chicotada é resultado do rompimento da barreira do som. 
O chicote também pode ser utilizado como instrumento de defesa pessoal, sendo que esta função já era realizada a pelo menos 2 mil anos atrás, pela guarda real do Tibete (onde os guardiões utilizavam uma lança e um chicote). Hoje em dia, empregam-se algumas técnicas de uso para estalar o chicote, com precisão de local e força, fazendo uso do mesmo, tanto para atingir partes do corpo do oponente, como para mantê-lo (os) afastados.
O chicote também é muito utilizado por pessoas que admiram relações sexuais sadomasoquistas, tendo em atenção que ele oferece a sensação de dominação sobre o parceiro. Contudo o chicote é um instrumento perigoso, podendo o seu uso incorreto conduzir a sérias lesões. O chicote é muito doloroso e pode causar feridas abertas e profundas, das quais podem resultar cicatrizes vitalícias.
Existem diversos tipos de chicotes, sendo os mais comuns o chicote de tiras e o chicote de tira única.
O chicote de tiras tem geralmente 9 tiras, não sendo tão perigoso nem causador de danos tão graves quanto o chicote de tira única. Este último é perigosíssimo e de difícil manejo.
Há dúvidas sobre as origens do termo, vindo, provavelmente, do francês arcaico cicot ("resto de um tronco ou de um galho cortado ou arrancado", tendo passado ao sentido de "ponta de corda de um navio"). Posteriormente, em documentos do século XVIII, ainda na língua francesa, é registrada a palavra chicotte ("trança de cabelo"). Em português, apresentou as seguintes evoluções ortográficas: chicóte, checote e, finalmente, chicote.
Em náutica chama-se chicote à extremidade de um cabo que foi trabalhado de tal forma que se não desfaça facilmente com a utilização.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

OS CASTIGOS SOFRIDOS PELOS ESCRAVOS



Os castigos eram considerados um espetáculo e eram feitos publicamente.
O sistema escravocrata constituiu um dos mais bárbaros objetos de castigo, dentre eles o açoite - chicote feito de cinco tiras de couro retorcido com nós; era utilizado para punir pequenas faltas ou acelerar o ritmo de trabalho dos escravos.



O USO DO CHICOTE PARA FLAGELAÇÃO

Na Antiguidade, Idade Média, até finais do século XIX era usado como punição em quase todo o mundo de escravos, de não cumpridores da lei, etc. Ainda é utilizado, em alguns países islâmicos para os que não cumprem alguns princípios da sharia presente no Alcorão: consumo de bebidas alcoólicas, relações extra-conjugais, etc.
O termo aplica-se como por exemplo à religiosos que incutem a si mesmos sofrimentos e chagas, de modo a imitar a paixão de Cristo. Também os chiitas usam a flagelação como mortificação, ocorrendo à autoflagelação.



A autoflagelação me fez lembrar de imediato o filme Código Da Vinci, onde Silas, personagem interpretado por Paul Bettany em nome de uma fé cega pagava e se redimia de seus pecados e culpas através do seu auto-sofrimento. A carta do deck do Mystical Lenormand retrata bem em imagem o que assistimos no filme.

Flagelação de presos, nos Estados Unidos da América,
 no princípio do século XX.

A FLAGELAÇÃO DE CRISTO



O CHICOTE NO CIRCO

Quando criança meus pais costumavam levar a mim e os meus irmãos ao circo. Era um bom programa de distração e ficávamos muito empolgados principalmente quando chegava o momento de assistirmos a entrada do domador e o leão. Ali o domador e seu chicote que batia no chão repercutindo um som que jamais esquecerei, ele usava de toda sua coragem para enfrentar uma fera que era submetida àquele chicote porque o leão sabia que se fizesse algo diferente do que foi treinado seria punido e que seria doloroso apanhar com aquele instrumento.
Encontramos hoje em reportagens pela internet inúmeros casos onde o Leão reverteu o caso e não quis se submeter tirando a vida do seu próprio domador. E o que aprendemos é que pode ser fatal o mau uso do poder. 


Ao estalar do chicote,
o leão dá um pinote,
se encolhe no picadeiro

Mas não é medo o que sente,
nem é susto:
é saudade, é tristeza...
Seu coração ficou perdido 
para sempre na floresta.

O domador se orgulha,
estala a língua, o chicote,
se sente assim como se fosse
um rei todo poderoso.

Mas o que o leão não adivinha
é que o leão de verdade
está longe, adormecido:
no palco, quem caminha
é a sombra do leão.

Roseana Murray

CASTIGAR ATIVA A REGIÃO CEREBRAL DO PRAZER.

Sempre quando vemos uma cena onde o mocinho vence o bandido logo ativamos uma zona cerebral que nos dá uma satisfação, esboçamos aquele leve sorriso no rosto, segundo Brian Knutson psicólogo da Universidade de Stanford na Califórnia (EUA) este é o primeiro estudo sobre o castigo com mapeamento cerebral e ele mostra que há um auxílio emocional para garantir a satisfação. 
A vingança é um ato irracional que segundo os cientistas traz um equilíbrio já que o ganho para quem o faz é a sensação de satisfação chegando à conclusão de que há uma região no cérebro que fica excitada e traz conforto e satisfação quando punimos ou vemos a punição de alguém por ter feito algo ilícito ou fora dos padrões normais de conduta.


Ainda falando sobre o castigo e o prazer; o chicote é o símbolo da subordinação e da dominação àqueles que usam da prática sadomasoquista e segundo a terapeuta e especialista Raquel Penteado a pessoa que gosta de ser humilhada quer se livrar de alguma culpa e essa submissão está relacionada a isso. Já o sádico projeta a própria culpa no outro para puni-lo e sente prazer com o sofrimento do outro. 
No amor esta carta pra mim revela o lado sexy, atrativo e sedutor da pessoa. A atividade sexual, a paixão do desejo, poderemos verificar também se o consulente tem desvios de comportamento sexual, traumas ou se o sexo tem maior ou menor importância no relacionamento.

ZORRO E O SEU CHICOTE - QUEM SE LEMBRA?

Quando escolhi a carta O Chicote veio logo à minha mente a lembrança dos filmes de infância e que um personagem usava como ninguém o seu Chicote, ele nada menos que o Zorro.  Don Diego de La Vega usava seu chicote e sua espada para defender o seu povo. 
Aqui o chicote usado a favor da justiça e da punição dos culpados.
Para os mais jovens abaixo uma foto de Harrison Ford interpretando Indiana Jones usando o seu chicote no filme Os Caçadores da Arca Perdida.

O CHICOTE NO BARALHO CIGANO

A Carta O Chicote tem o número 11 e em alguns decks vemos o valete de paus.
O Valete de Paus da carta simboliza um jovem imaturo, brigão, irritante, rebelde, cheio de ambição e vaidade, sua coragem o faz brigar pelo comando e domínio mostrando que ele é determinado a conseguir o que ele quer custe o que custar.  
Esta carta é neutra podendo ter seu aspecto positivo ou negativo conforme as cartas que vem ao seu lado.



O Chicote é o instrumento da punição, do uso da força e do poder pessoal em detrimento da submissão e da humilhação de outra pessoa. Mostra quem é que manda e quem domina. 
Aspectos quando perto de cartas negativas: - conflitos, disputas familiares, opressão, raiva, rivalidades, agressão, arrogância, prepotência, contrariedades, brigas, confrontos, uso da força física, uso de palavras fortes e ofensoras, torturas mentais, embate de forças para ferir, sofrimentos, impulsividade, precipitação, manipulação, ambição, uma punição por culpa, autoflagelação, perda da razão, desequilíbrio, desordem mental, forçar a barra, desentendimentos e vaidade.  Quando a carta do chicote sai devemos analisar em que posição está, pois ela nos mostra o que irá acontecer se o consulente reagir de forma impensada ou se sofrerá com a impulsividade de alguém. 
Aspectos quando perto de cartas positivas:- uso da disciplina que trará bons resultados, proteção e cautela, comportamentos com padrões de total domínio mental, saber agir de maneira firme e com propósito positivo, o uso da palavra favorecendo a situação, transformação, equilíbrio e ordem, sensatez, controle dos impulsos, ter energia para e motivação para impor as ideias com coerência e bem comum, garra, pessoa que batalha por aquilo que quer superar, é também não se deixar ficar submisso a vontade alheia quando esta lhe for prejudicar, se mostrar respeitoso e também ser respeitado pela posição que ocupa.

O CHICOTE E A MAGIA

Quando alguém nos pergunta sobre magia ou se alguém fez algo contrariando as leis do universo, o baralho nos dá uma resposta positiva se vier juntamente com a carta A Lua a de número 32, porque como a carta o chicote nos fala justamente da manipulação, aqui podemos verificar uma manipulação e uma desarmonia energética contrariando o destino, a pessoa quer forçar alguém a se submeter a um castigo devido a sua ira e sem pensar nas consequências.  A magia pode ser determinada também pela força dos nossos pensamentos, pois estes podem nos trazer o bem como também o mal, não há necessariamente que alguém tenha nos feito algo, somos frutos daquilo que pensamos e devemos, no entanto controlar nossa mente e nossos pensamentos para que eles nos conduzam  da melhor forma possível para obtermos assim melhores resultados naquilo que queremos conquistar.   
Esta carta é considerada como uma carta dupla: a carta que estiver em contato com a Vassoura é o que devemos afastar, limpar e purificar na nossa vida; e a carta que estiver em contato com o Chicote é o devemos impor, reclamar, protestar, lutar para obter os nossos direitos.
Odete Lopes

No plano espiritual esta carta pode nos mostrar uma paz interior, um carma, nos falar de um mentor e um benfeitor espiritual disposto a espantar energias intrusas que por ventura possam estar querendo atuar na vida do consulente.
Perfil: Quando alguém pergunta como é fulano e sai a carta do chicote podemos ver que se trata de uma pessoa dominadora, persistente, que defende seus próprios interesses e que por isso pode passar por cima dos interesses alheios , que corre atrás dos seus sonhos, dedicada, esforçada, se expressa bem através da palavra, empenhada em conseguir seus objetivos, ambiciosa, tem o controle da situação, obstinada, que usa do seu poder pessoal, que pode usar da sua força e esforço físico ou verbal para impor ou intimidar alguém, possuidora de uma força mental poderosa, forte espiritualmente e intuitiva.
Conselho: Não use da força, pondere as palavras pois existe um ditado que diz assim:-“ a língua é o chicote do corpo”, tenha cuidado e jeito para contornar as situações, tenha calma, tranquilidade, paciência, trabalhe o pensamento positivo, tenha jogo de cintura, saiba negociar, seja flexível, não use da manipulação, use a inteligência e disciplina para a busca de bons acordos e obterá assim melhores resultados.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Sonhos. [parte 2 de 2: a interpretação, ou o que de fato aconteceu]


Semana passada postei um sonho que tive e que, curiosamente, mais que interpretar, vivenciei. Conforme o prometido, segue a descrição do que aconteceu, em função da interpretação.
Dividi o sonho em três partes: a conversa com os ciganos/mendigos na frente da casa da mãe preocupada; a entrada na mercearia; a conversa com a vizinha.

PARTE I

Essa foi a mais fácil. A mãe do sonho era a minha própria mãe, que, curiosa se eu iria viajar esse ano, ficou bem chateada de saber que isso não está nos meus planos. 
[os planos da mãe não correspondem ao destino do filho, escolhido por ele. Ele não vai passar / ele não vai viajar.]

PARTE II

Essa foi a mais bizarra. Durante o dia, senti um ímpeto de olhar postagens antigas no Facebook, coisas que havia escrito no ano anterior - reflexões pré-aniversário, por assim dizer. E vi um texto meu que escrevi num momento de muita raiva. E o texto era bom.
[A mercearia - pasme - era o Facebook, onde as pessoas partilham ideias deficientes e algumas pessoas compram por pena. Aquele texto, meu, foi feito num momento em que me sentia assim, e ainda assim, ficou bom.]

PARTE III

Se eu estava na mercearia e entrei mais para o fundo, foi fácil entender que, se a parte do Facebook que corresponderia ao meu mural era a mercearia, a parte correspondente ao fundo seria o meu inbox. Dito e feito.
[Conversando com uma amiga de fé diferente, questionei a funcionalidade dos ritos da religião dela, assim como ela questionou os da minha. Diante das diferenças de crenças, eu tive certeza só de uma coisa: que tem poder aquilo em que se acredita.]

Um sonho que aconteceu no mesmo dia. 
Experiência muito bacana.

Abraços a todos.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Blogagem Coletiva Petit Lenormand: 10. Anna Cecilia e a Foice.


Existem algumas cartas no baralho que são alvo de controvérsias. Particularmente, considero a Foice uma delas. Não consigo acompanhar o desejo de ver-se coisas boas em seu corte - a consequência pode ser boa, certamente, mas o corte não deixa de ser doloroso.
Sendo assim, foi um texto que aguardei ansiosamente. Um dos olhares que, certamente, mais me atrairiam e mais me suscitariam reflexões.
A Anna Cecilia foi sagaz e muito didática em suas colocações. Espero mesmo que vocês apreciem esse texto tanto quanto eu apreciei.

QUEM TEM MEDO DA FOICE?

A 10ª lâmina do Baralho Lenormand é temida até por quem não tem conhecimento sobre as Cartas Ciganas. Confesso que também já me assustei com ela... Mas, por que “A Foice” traz tanto receio aos leigos olhares? 
Venho buscando respostas para esse questionamento. Por ora, cheguei a algumas conclusões, que aliás, nem de longe, se propõem a serem conclusivas... (Conto com outros pontos de vistas caros leitores!). 


Primeiramente, é de público conhecimento que a foice corta. Claro que o objetivo é cortar a plantação.. Mas, se usada, sem o devido cuidado, pode chegar a machucar algum desavisado que passe no local na hora da poda ou até mesmo o próprio agricultor... Mas, por outro lado, se a plantação não for cortada, como iremos fazer a colheita e posteriormente nos alimentar? Ou seja, as pessoas na impulsividade costumam ignorar os benefícios além corte e se prendem aos possíveis riscos do corte em si.


Minha segunda hipótese sobre o medo de “A Foice” é o fato de que o Valete de Ouros está com a foice para cima (pelo menos no baralho padrão do Conversas Cartomânticas e no meu Petit Lenormand também!). Ao olhar a carta de relance, está mais para uma arma do que um instrumento de trabalho (parêntese do editor: olhem isso aqui). Sem contar que a mitologia grega ainda reafirma isso já que Cronos (O Tempo/Saturno) usou o instrumento como arma contra seu próprio pai Urano (Céu). Atendendo ao pedido da mãe, Gaia (Terra), o filho mais novo da prole castrou o patriarca com um golpe de foice. E assim o Tempo separou o Céu da Terra e tornou-se Rei dos Deuses (pelo menos até seu filho Zeus crescer e o destronar!). 


Como dito anteriormente, a carta 10 ( A Foice) equivale ao Valete de Ouros. O naipe simboliza o elemento Terra. Tanto a ligação com os interesses materiais (trabalho, questões financeiras, ambições, etc..) como com a terra em si (Gaia para os gregos) reforçam a ligação de “A Foice” com a Agricultura. O Valete representa alguém jovem (assim como o próprio Cronos – deus ligado a agricultura - que era o casula de Gaia e Urano) e a ação que segue após a idealização de algo (o fim do período do planejamento, para início da fase de execução).
Como se não bastasse a violência de Saturno usando a Foice, o instrumento agrícola ainda é associado, pelo inconsciente popular, à morte. Isso ocorre porque a personalização da Morte é o Ceifador com uma foice na mão. De certa forma até pode se entender “A Foice”, sozinha, como a morte de uma situação, mas para início de outra (quem sabe até bem melhor!).


 Confesso que a carta 10 me fez enxergar a vida de forma diferente. Um grande terreno, em que há plantas bonitas, bem cuidadas, mas onde também existe ervas daninhas, pragas e plantas velhas e mortas que necessitam sair dali para abrir espaço para um novo plantio. Por esse motivo percebo “A Foice” como uma mudança necessária, que nem sempre desejamos ou que pode até nos surpreender tanto, que inicialmente, iremos passar desconforto para nos adaptar, mas depois de um tempo notamos que foi realmente crucial para aprendermos a desapegar e ajustar as coisas.  Vale ressaltar que após o corte, fortalecemos a planta, e abrimos assim espaço no nosso terreno para as novas sementes germinarem... 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Sonhos. [parte 1 de 2: o sonho]


Um dos oráculos mais antigos que existe refere-se à interpretação das cenas obtidas em sonhos. Tomados como referenciais e fala dos Deuses, os sonhos eram guiados para o cotidiano através da interpretação de sacerdotes e, mais tarde (bem mais tarde), por psicólogos, encabeçados por Freud.
Mas o processo de decodificação dos sonhos não é sempre fácil e não existe fórmula pronta para ele. 
Recentemente, vivenciei uma situação fantástica de interpretação de sonhos. Foi gratificante decodificar a mensagem e verificar sua veracidade, aprendendo com o seu potencial simbólico.
Como exercício, descrevo o sonho nessa postagem. Sinta-se à vontade para interpretá-lo. Semana que vem, posto o que realmente significou - e o que aconteceu.

Estava conversando com três pessoas, entre ciganos e mendigos, na frente da casa de uma senhora. Ela saiu na varanda e pediu que fôssemos embora, pois seu filho estava estudando para passar em um concurso muito importante para ele e nossa conversa o estava incomodando.
"Ele não vai passar", pensei. Mas não disse nada. 
Saí dali e entrei em uma mercearia. Em suas vitrines, doces feitos por pessoas com deficiências físicas. Normalmente eram comprados por pessoas que sentiam pena daqueles que os faziam. Eles não eram bons. Mas o de um deles, em especial [cujo nome foi dito no sonho e eu esqueci], eram magníficos. Eu vi um pote, de uns 300g, com um doce de leite com ganache colocado cuidadosamente no copo com bico de pitanga grosso, coberto por granulado de chocolate. Lindo de ver. E o rapaz tinha uma deficiência séria no braço direito. Mas o que ele fazia não dizia respeito ao limite que ele tinha. 
Segui em frente, passei pelo balcão e entrei em um corredor com apartamentos em ambos os lados. Ao final do corredor, uma vizinha minha [do mundo de cá] estava revoltada porque um casal havia queimado dinheiro em um ritual de macumba [sic]. Eu disse a ela que queimar dinheiro em um ritual era o mesmo que pagar o dízimo na igreja que ela seguia.
E depois pensei "não, mas não é só isso. Desfazer-se de algo precioso gera poder para realizar o que é necessário."

E então eu acordei.

Esteja à vontade para opinar a respeito. Semana que vem, o resultado.

Abraços a todos.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Blogagem Coletiva Petit Lenormand: 09. Jacqueline Vieira e o Bouquet.



Jacqueline Vieira, Doce Luar.
E uma suave fragrância no ar.

CONTATOS:
Facebook :  jacqueline vieira 
Pagina facebook : Encantos da doce luar
Blog : em construção.



O BOUQUET


UM POUCO DE HISTÓRIA

Algo que nos fascina  e  nos enche de alegrias ao recebê-lo em mãos. Reza a lenda que o bouquet surgiu na Grécia antiga - eram feitos como amuletos e colocados no ambiente para a proteção. Mas tarde na França, durante a Idade Média, era costume  as noivas irem a pé para o seu casamento e no meio do caminho recebia votos de boas novas na forma de flores, plantas e ervas que juntos formavam um lindo bouquet. 

EM CARTOMANCIA 


O bouquet é a imagem  da harmonia  que leva a um estado de felicidade. O portador de boas novas. Aquele que traz a sorte e bençãos.  Muitas das vezes pode se apresentar incerto por ter o comprometimento com o elemento ar que as vezes traz a mente inquietação; é preciso ousadia para que criações saem do plano das ideias se tornem realidades. Esse é o desafio imposto pelo naipe de Espadas: sentir, criar, expandir e realizar metas.  
No amor, o Bouquet traz uma nova emoção, seja um namoro, um noivado, ou mesmo casamento; na sua presença, cria-se uma egrégora de felicidade a nossa vida. Em alguns momentos está na carinhosa e delicada despedida daqueles que conviveram e levaram  um pouco de nós, quando a despedida se fez necessária pelas fatalidades do destino. O Ramalhete apresenta o movimento a vida e do tempo. É o momento de interiorizar as emoções e voltar-se para si, sentir saudades dos afetos nos marcaram de alguma forma.

O BOUQUET LENORMAND E A RAINHA DE ESPADAS 

A simbologia  do campo das ideias, da criação; da observação a ‘’Dama’’ que sabe até onde pode ir;  é aquela persona que planeja, que almeja e tem em suas mãos o poder de realizar-se sabendo que nada é tão permanente, que tudo muda e que tudo transforma pela ação do Tempo.  E dados momentos o bouquet poderá ter sua ação um pouco lenta. Nesta carta, a Dama de Espadas se torna encantadora e divinamente intuitiva.
Muitas são as personalidades ‘’Damas de Espadas’’  da nossa história  que deixaram a sua "marca bouquet": Anita Malfatti com sua maneira um tanto rebelde e revolucionária de mostrar ao mundo das artes a sua marca entre o belo e o feio; a estilista Coco Chanel, apaixonada pelo mundo da moda - algumas de suas criações imortalizaram-se como alegoria do feminino: o corte Chanel, o pretinho básico,  o perfume Chanel #5. Clarice Lispector e seu magnetismo imaginário; a doçura e simplicidade de Cora Coralina; Willian Shakespeare, Charles Chapplin; Antoine de Saint Exupéry;  Lewis Carroll entre tantos outros  que deixaram suas criações em nossa memória.

NUMEROLOGIA

O Bouquet ocupa a casa 09 do baralho. O número 09 é o número da sabedoria; o fechamento de ciclos. Você recebe uma energia; vivencia; transmuta; amadurece e volta  a vivência-la em novos ciclos. É um aprendizado da finitude dentro da infinita experiência do ser.

CORRESPONDÊNCIA COM OS ORIXÁS


O Ramalhete  tem a persona e a força do Orixá Nanã Buruquê.
Nanã Buruquê é a personificação da maturidade. A Anciã que trilhou vários caminhos.  Filha, mãe e avó que transmuta os sentimentos a ação. É preciso o Tempo para entender o belo. E nada mais justo a sua proteção à Casa 9. Um ramalhete de tão belo também é delicado pela ação do tempo ele tanto pode florescer e trazer a vida quanto a desfalecer em momentos de muita fragilidade; e tornar sua "alegria" estagnada devido a algum problema de saúde. É nesse estágio que a força de Nanã atua no ser, levando-o a consciência espiritual e o ensinando a transmutar sua energia com mais sabedoria.
Um amor, uma profissão ou mesmo um pequeno sonho quando realizado precisa de nutrição, atenção e envolvimento para que o estado de felicidade permaneça em nosso íntimo.  Sabemos como a vida é surpreendente: ela dança conforme nossa atuação. Se há mudanças, mudam-se os sentimentos e, principalmente, a nossa percepção mental. 
E somente quando estamos preparados  Nanã Buruquê nos traz os ramalhetes da vitória e das realizações. Mas antes é preciso experimentar cada etapa para que a sabedoria de Nanã se estabeleça em nossa alma. 

PERSONALIDADE


Pessoas Bouquet são pessoas imaginativas, criativas, realizam bons trabalhos. São alegres, livres; onde elas estão, está a felicidade também. Sua energia é envolvente. São joviais, atrativas, brincalhonas, de coração leve. Gostam de ajudar, sentindo-se bem em ver o outro em boa acolhida. Sua marca está no sorriso; são doces e perceptivas. Se dão muito bem com trabalhos manuais, artes em geral; são bons  terapeutas, aromaterapeutas, fotógrafos, escritores, fitoterapeutas e curadores.

SUA LEITURA NA MESA REAL


Casa 1: Receba a alegria das boas novas;  
Casa 2 : Receba os bons agouros;
Casa 3: Viagens felizes ou o retorno a felicidade;
Casa 4: Receba a proteção, amigos, nascimentos, festejos felizes;
Casa 5: Acolha a boa saúde ou mesmo o seu restabelecimento;
Casa 6: Incertezas quanto ao recebimento de algo uma certa nostalgia;
Casa 7: Dois amores possíveis; felicidades;
Casa 8: Grandes desgostos que esgotam os ramalhetes e os fazem murchar.
Casa 10: Acontecimentos rápidos com acolhidas felizes;
Casa 11: Brigas que chegam ao fim; esclarecimentos. 
Casa 12: Descontração entre amigos; 
Casa 13: Algo novo e feliz  que acontecendo, como o nascimento de um filho; 
Casa 14: Trabalhos relacionados com a criatividade. 
Casa 15: A prosperidade chegando como benção; 
Casa 16: Sonhos realizados;
Casa 17: Mudanças positivas;
Casa 18: O conselheiro;
Casa 19: Aquele que gosta de trabalhar e criar em sua própria solidão; 
Casa 20:  encontros públicos, eventos, festas; 
Casa 21: Energia paralisada, luta ou convalescença; a superação e a felicidade pela vitória.
Casa 22: Escolhas felizes, novas oportunidades; 
Casa 23: A ilusão uma felicidade consumida.
Casa 24: Realizações no amor; o namoro trazendo muita felicidade.
Casa 25: Casamento. Noivado.
Casa 26: Novos estudos; aprendizado. Formatura;
Casa 27: Cartas ou convites de nascimento, casamento ou noivado.
Casas 28 e 29: Pessoas encantadoras que transmitem alegrias;
Casa 30: Paz, harmonia; amores em tenra idade; Solidez.
Casa 31: Realizações e sucesso, trazendo luz e alegria; 
Casa 32: Satisfação.
Casa 33: Soluções que favorecem a realização do consulente;
Casa 34: Presentes materiais; boas finanças. 
Casa 35: Metas realizadas - a pessoa trabalha naquilo que realmente gosta; 
Casa 36: O reencontro com o seu lado espiritual; uma alma caridosa que está sempre pronta a ajudar.


MENSAGEM FINAL

O maior presente que o Bouquet nos oferece é a sabedoria  do nosso Tempo.
"Sinta se livre para caminhar; avance com a alegria. Tenha a paciência de florescer; a certeza de que a cada momento novas surpresas se apresentarão para você. Nas mudanças que ocorrem quando ao longe   avistamos a imensidão do oceano vista-se de confiança.
Quando sentir que  está bem com sua raiz,  abençoe a boa saúde. E nas incertezas da vida aprecie o aroma da fé que  lhe trará um descanso mental.
Quando o controle ou ciúmes aparecerem, tenha a auto-estima e faça a desconexão. E quando a dor surgir seja humilde e peça o apoio daqueles que te amam. Encante-se com o que a vida tem de melhor, desapegue-se daquilo que não lhe faz mais sentido e deixe o novo acontecer.
Nada é permanente. Liberte-se e abra-se ao novo que certamente acontecerá. Com simplicidade deixe  fluir e receba o que a vida lhe apresentar como uma oportunidade de crescimento; alie-se com o que há de melhor; esqueça o passado, não alimente as frustrações. Conheça novos lugares e pessoas; alimente em você novos talentos; supere-se; envolva-se de coragem e sucesso, realize-se; seja solidário; viva o presente e tudo lhe terá valido a pena. O universo será o seu grande aliado".

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Mudança (ou na gangorra com a Marisa Monte)


Eu tenho - apesar da tentativa de disciplinar-me continuamente - tenho, friso, dificuldades em adaptar-me. Talvez pela carência de mutáveis, talvez pela carência de Fogo no mapa. Talvez porque eu ainda não aceitei o conselho da Nivia Peggion e, depois de ler e reler e explorar e divagar eu ainda não tenha tido coragem de o rasgar.
Em mil pedaços caleidoscópicos, poeira de estrelas com linhas vermelhas e azuis.


Mas, de vez em quando, ser barreira e ser barragem cansa tanto que a gente cede. Cede lugar ao cansaço que ficou esmurrando as paredes quando as portas e janelas foram fechadas em busca de sossego. E, como disse dia desses a um amigo, é mais fácil reter do que, depois de soltar, voltar a reter. Segurar o que se acumula é mais fácil que enfrentar o que se movimenta. O atrito é menor, mas o peso é o mesmo.

Existe, porém, um efeito gangorra oculto no ceder, que é algo que sempre me esqueço. Esqueço de lembrar, porque é gostoso esquecer só para lembrar quando é necessário, de novo.
Quem cai não passa do chão, pior que está não fica e, logo...
Por que não escolher algo diferente? Tipo... o melhor?

Hoje eu coloquei meus dilemas na gangorra do Dois de Ouros e (re)descobri que eles não são bons companheiros de parquinho. Aí eu coloquei a Marisa Monte para me acompanhar.
E gostei.


Gostei muito. Como diz a música: para saber a resposta vide-o-verso. Vide o verso das cartas viradas sobre a mesa numa cruz celta em tarotée.


Para calar a boca: rícino
Pra lavar a roupa: omo
Para viagem longa: jato
Para difíceis contas: calculadora


Para o pneu na lona: jacaré
Para a pantalona: nesga
Para pular a onda: litoral
Para lápis ter ponta: apontador

Para o Pará e o Amazonas: látex
Para parar na Pamplona: Assis
Para trazer à tona: homem-rã
Para a melhor azeitona: Ibéria


Para o presente da noiva: marzipã
Para Adidas: o Conga nacional
Para o outono, a folha: exclusão
Para embaixo da sombra: guarda-sol

Para todas as coisas: dicionário
Para que fiquem prontas: paciência
Para dormir a fronha: madrigal
Para brincar na gangorra: dois


Para fazer uma touca: bobs
Para beber uma coca: drops
Para ferver uma sopa: graus
Para a luz lá na roça: duzentos e vinte volts

Para vigias em ronda: café
Para limpar a lousa: apagador
Para o beijo da moça: paladar
Para uma voz muito rouca: hortelã


Para a cor roxa: ataúde
Para a galocha: Verlon
Para ser mother: melancia
Para abrir a rosa: temporada

Para aumentar a vitrola: sábado
Para a cama de mola: hóspede
Para trancar bem a porta: cadeado
Para que serve a calota: Volkswagen


Para quem não acorda: balde
Para a letra torta: pauta
Para parecer mais nova: Avon
Para os dias de prova: amnésia

Para estourar pipoca: barulho
Para quem se afoga: isopor
Para levar na escola: condução
Para os dias de folga: namorado


Para o automóvel que capota: guincho
Para fechar uma aposta: paraninfo
Para quem se comporta: brinde
Para a mulher que aborta: repouso

Para saber a resposta: vide-o-verso
Para escolher a compota: Jundiaí
Para a menina que engorda: hipofagin
Para a comida das orcas: krill


Para o telefone que toca
Para a água lá na poça
Para a mesa que vai ser posta
Para você, o que você gosta:

Diariamente.