sábado, 30 de janeiro de 2016

Curso de Sibilla Hungara, por Rose Ragazzon


Olá pessoal. Essa semana, estive em São Paulo cumprindo a meta do Conversas Cartomânticas desse ano: pensar fora da caixinha. Estive com Rose Ragazzon aprendendo um pouco mais sobre os Sibillas. 
Nesse caso, a Sibilla Húngara, Zigeuner Waarzegkaarten, da Piatinik.
Esse baralho, de 36 cartas, tem muito em comum com o Petit Lenormand e com as Sibillas Italianas; à maneira de primos próximos, não são, entretanto, a mesma família. Muitas cartas lembram as homônimas dos dois baralhos; a prática, entretanto, mostra-se muito diferente.


Fomos conduzidos - à propósito, muito bem conduzidos - pela história do baralho e pela significação de cada uma das cartas. A Rose, que já havia apresentado brevemente o baralho no Tarolog, mostrou toda a mestria que a soma pesquisa + prática é capaz de oferecer. 



É curioso e necessário ressaltar, que embora as imagens remetam à ideias já conhecidas de outros oráculos, não são ipsis litteris a mesma coisa quando lidamos com uma estrutura diferente. É fundamental nesse caso a pesquisa, o uso, ou, com sorte, termos alguém que nos guie por ter ido antes. 

Simone e eu correlacionávamos as cartas
com as Runas.

A cada carta apresentada, uma explosão de ideias. Astrologia, cartomancia, conceituação prévia e alegorias pululavam na minha frente. Anotei tudo - assunto para conversarmos outra hora, com maior propriedade; esse baralho permite uma série de correlações interessantíssimas e divertidas de se proceder. 

Eu, Rose, Samantha

Ao mesmo tempo, é um baralho simples. Suas respostas são diretas, efetivas e rápidas, o que pude inclusive perceber no próprio evento. Questões imediatas, respostas imediatas.
Agradeço enormemente a oportunidade de participar oferecida pela Laya e pela Rose, à Samantha por me acompanhar não só ao evento mas nas leituras que efetuei e aos participantes pela partilha, pela conversa, pelos jogos. Foi muito divertido.
Saí um cartomante melhor do que cheguei. Saí mais consciente de possibilidades de leitura e interpretação, de empatia e de respeito. 
Mais um baralho para pensar fora da caixinha nesse ano.
Mais um baralho para Conversas Cartomânticas.
E você? Qual oráculo atraiu sua atenção até o momento?
Abraços a todos.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Desafio 2016: Tarot Tzigane, de Tchalaï.


Olá pessoal. Esse é o primeiro desafio do ano de 2016, que na verdade eu tenho estudado desde o ano passado. 
Dona Yedda Paranhos, taróloga e espiritualista do Rio de Janeiro, autora de vários livros ligados ao autoconhecimento, presenteou-me com um fac-símile do seu baralho de uso pessoal - o que, por si só, já é uma dádiva - e desafiou-me a continuar seus estudos sobre esse baralho. Impossível não atender a esse pedido. 
Em 1985, em uma de suas viagens pela Europa, Dona Yedda encontrou esse que seria um dos seus baralhos do coração. Era um baralho recente - fora publicado no ano anterior. 
Haviam duas cópias. Ela trouxe uma.
E o baralho saiu de edição.

Nesse ínterim, Dona Yedda vem trabalhando com o baralho, que carinhosamente ela chama de Tchalaï, em homenagem ao autor. Em 2015, em uma de minhas visitas a ela, fui presenteado com um fac-símile. E ele é um dos meus desafios desse ano.

Embora seja chamado Tarô (mesmo na caixinha estando escrito ser esse um baralho etnológico e adivinhatório), O Tzigane não corresponde à organização tradicional contemporânea; numa releitura da estrutura em função da experiência do autor com o povo cigano, temos novos títulos e novos significados para uma estrutura semelhante ao que conhecemos por Arcanos Maiores, aqui chamados Portas dos Mistérios.




01. Ashok Chakra
02. O Khukan
03. E Phuri Dai
04. E Drabarni
05. O Vatashi Romengoro
06. Fralipé Romani
07. Thagar Lumeaki
08. O Grast
09. E Puskaria
10. Maripé Taraim
11. Aggartti
12. Samballa
13. O Niglo
14. O Bero
15. O Sap
16. O Kher
17. O Vurdon
18. Lotcholikos
19. O Kham
20. O Shon
21. O Geape Vimanaki
22. Tataghi

A graciosidade desse baralho, entretanto, é encontrada nos dezesseis Arcanos Menores. Cada naipe - aqui chamados Kumpanias -  representa uma etnia dentro do povo Cigano, associável a um dos naipes do baralho convencional:

Os Kalderach, rom da Europa Central, são associados a facas, espadas e punhais e ao elemento Ar, e suas cartas são vermelhas.
Os Mamush do norte da Itália são associados às moedas e ao elemento Terra, e suas cartas são amarelas.
Os Gypsies irlandeses são associados a panelas, tampas, portes, cestas, caixas e ao elemento Água, e sua cor é verde. 
Os Gitanos andaluzes são associados aos bastões de madeira e instrumentos musicais, assim como ao elemento Fogo e à cor azul.



Cada uma das Kumpanias é composto por quatro cartas. À guisa de Ás, temos a  Ferramenta, representação dos seus símbolos e a mantenedora da tradição; o Pai, aquele que, por manter a tradição, traz o passado consigo; a Mãe, que transmite e educa no presente; e a criança, que é o futuro de toda a Kumpania. Essas cartas, mais que significados específicos ou personalidades, trazem consigo a possibilidade de temporalizarmos as previsões - e encontrarmo-nos em diferentes idades, em função do que precisamos saber.


Tá difícil achar esse livro...


Essas 38 cartas, muito evocativas, são meu desafio para 2016. Entendê-lo e encontrá-lo dentro de mim, para que essa linguagem sirva ao seu propósito: servir ao próximo no encontro de respostas.

E você? Já encontrou o seu desafio para 2016?

Abraços a todos.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Jon Gomm e o desafio 2016.

Olá pessoal.
Hoje, Jon Gomm - músico conhecido pela música Passionflower - propôs um desafio em sua página que achei literalmente fantástico:



New Year's Resolution suggestion for musicians: Learn one new scale and write a tune with it.

A scale is a precise sound, like a very distinct colour you can use to create a specific mood. Maybe songs come first, but maybe sometimes scales come first. Did Van Gogh decide to paint some sunflowers, then find that yellow? Or did he make that incredible yellow, *then* find a use for it?

95% of pop music uses one scale (the Major scale, or its twin the Relative Minor scale). So if you’re wondering why lots of music sounds kinda similar, that’s part of the reason.

Some people think music theory is not worth the effort to learn. So here's some perspective.

Right now I’m writing a song using the Phrygian Dominant scale, which evolved in the Middle East, and came to define the the sounds of both flamenco music and some Arabic and Persian styles. The notes of this scale are placed so they pull and push really tensely against each other, creating epic emotional drama. The Dorian mode, on the other hand, originated thousands of years ago in ancient Greece: Dorian is the warm, placid melancholia of The Beatles’ Eleanor Rigby, or Miles Davis’ So What. I wrote Passionflower using Lydian - popular in Indian classical music - which has an ethereal quality.

And if you want to use one of these amazing sounds which took entire cultures generations to develop, you can google and learn the scale in FIVE MINUTES. Five freakin' minutes.

Do it.


Então, proponho o mesmo desafio dentro da nossa área de atuação. Vamos pensar fora da caixinha do nosso baralho favorito. 
Em 2016, vamos aprender a ler, manipular e divinar com um baralho novo.
Desenvolver novas sinapses. Ver o devir com um novo olhar. 
Aprimorar a técnica com um vocabulário diferenciado.


E ouvir mais Jon Gomm porque... Porque é maravilhoso. 

Topa o desafio?

Abraços a todos.